Há um momento em que a vontade de partir fala mais alto do que o medo. É quando percebemos que, se esperarmos pela companhia perfeita, talvez nunca saíamos do lugar. Foi assim que comecei a perceber que viajar sozinha não é solidão — é autodescoberta.

A primeira viagem a solo é um misto de emoções: entusiasmo, receio, curiosidade e uma leve ansiedade por não saber o que esperar. Mas é também um dos passos mais libertadores que alguém pode dar.

Antes de partir, é normal sentir insegurança. Pensamos em tudo o que pode correr mal: perder-nos, não conseguir comunicar, sentir falta de casa. Mas a verdade é que o medo é apenas o sinal de que algo importante está prestes a acontecer.
Viajar sozinha ensina-nos a confiar em nós. Mostra-nos que somos capazes de resolver imprevistos, tomar decisões e, acima de tudo, apreciar a nossa própria companhia.

Ao regressar, algo em nós muda. Voltamos mais confiantes, mais calmas e com uma nova consciência sobre quem somos e o que queremos. A primeira viagem sozinha nunca é a última — porque depois dela, já não somos as mesmas.

Viajar sozinha não é sobre estar só.
É sobre descobrir o mundo — e, no processo, descobrir-nos também.

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